Duplamente emocionado. Foi assim que o nosso jornal encontrou Rodrigo Ferreira, pouco depois da vitória que lançou o Grupo Desportivo e Cultural de Seiça no caminho para a terceira final do seu historial.
E não era para menos. O médio acabara de contribuir para o sucesso coletivo, precisamente no seu último jogo com a camisola seicense no Campo de Jogos Dr. Guilherme Barros e Cunha. “Há uma coisa que as pessoas ainda não sabem, mas eu vou dizer agora: esta é a minha última época em Seiça”, revelou, em declarações exclusivas ao Derby.
“Queria acabar em grande e já acabei o Distrital a ganhar. Isto foi sempre uma força extra para mim e para os meus colegas. Fui falando com eles sobre isto… Ainda agora, antes das meias-finais, disse-lhes durante a semana e antes do jogo, que ia dar tudo e que esperava que eles também dessem tudo por mim. Acredito que isso notou-se contra o Alcobaça e também penso que vão estar todos comigo na final, para acabar mesmo em grande”, sublinha.
Bicampeão nacional, tricampeão distrital e campeão do Mundo de futebol amador. Rodrigo sai do clube, mas o clube não lhe sai do coração. “Levo as memórias deste campo, do campo antigo, das pessoas, deste clube fantástico. É o clube do meu coração. Apesar de ser do Cercal, este clube sempre me deu tudo. São pessoas fantásticas, amigos, grandes amigos que eu aqui fiz ao longo destas épocas todas. Levo-os todos no meu coração e vou torcer sempre por todos eles. É um espírito incrível. Só assim conseguimos conquistar o que já conquistámos.”
Aconteça o que acontecer, Rodrigo nunca sairá da história deste emblema cinquentenário, onde constará sempre como um dos jogadores mais titulados do clube. A poucos dias de mais uma final nacional da Liga Inatel, este oureense já só pensa em trazer a Taça, conquistando um troféu que terá ainda mais sabor tendo em conta os amargos de boca do início da época.
“No início ninguém acreditava, as coisas não estavam a sair… Só que o Seiça é isto, a união prevalece. Fomos perdendo jogadores importantes, alguns com qualidade superior, mas forma ficando outros que não se destacam tanto pela qualidade individual mas tornam-nos mais fortes enquanto equipa. Isso viu-se na semana passada, viu-se hoje e vai ver-se também na final”, promete.