O Grupo Desportivo e Cultural de Seiça celebra por estes dias a qualificação para os quartos de final da Liga INATEL Nacional, mas não se livrou de um valente susto em pleno Alto Alentejo.

Tudo porque os oureenses decidiram oferecer (!) um golo ao adversário, imediatamente a seguir a terem inaugurado o marcador.

Como?! Foi isso mesmo que leu e o Derby conta-lhe a história toda, tal como prometido.

Tudo começou quando Rafa deu seguimento a um ataque do Seiça, com um jogador do Cano caído no pelado e agarrado àquelas partes onde doi mesmo a sério.

Apesar da insistência dos rivais para que metesse a bola fora, Rafa cruzou e o adversário marcou… na própria baliza.

Um a zero para o Seiça e nervos à flor da pele, com os jogadores da casa a reclamarem perante a alegada falta de fair play dos visitantes.

Depois de alguma agitação e com o próprio árbitro a defender a legalidade do lance, explicando não ter interrompido o jogo por se tratar de uma jogada prometedora e sem qualquer tipo de infração no seu entendimento, os jogadores do Seiça tomaram uma decisão rara mas reveladora do carácter deste grupo e dos valores desta competição.

Bola ao meio e… via aberta para a baliza de Tomé. Ninguém se mexeu e o Cano teve autorização para empatar a partida quando estavam decorridos 60 minutos.

Depois desta espécie de assunção de culpas por ter marcado com um adversário no chão, o Seiça ofereceu uma lição de fair play e o jogo prosseguiu.

O susto veio depois, quando o duelo seguiu para o desempate por penaltis e os homens de Seiça viram a vida a andar para trás, percebendo que arriscaram a vitória em nome do desportivismo.

Valeu o guarda-redes André Vieira, o verdadeiro São Tomé, herói do Cano, com dois penaltis defendidos e os quartos de final nas luvas.

 

 

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