Alferrarede, Campo da CUF, 29 de maio de 2022. Há um treinador de lágrimas nos olhos, jogadores em plena euforia, uma aldeia em festa na comunhão de mais uma conquista inolvidável.
O Derby testemunha o êxtase em pleno relvado e não perde a oportunidade de dar voz ao herói do jogo. Paulo Évora, defesa-central com ‘Killer Instinct’, serve-nos um banho de humildade mesclado com um hino ao espírito de grupo, minutos depois da vitória do Grupo Desportivo e Cultural de Seiça na final da Liga INATEL Santarém.
O golo que é todos, a ‘família Seiça’ e o assalto ao título nacional. A história de um ‘microflash’ com mais sumo que muitas conferências… da Champions.
Derby – Qual é a sensação de decidir a final com um golo, ainda para mais sendo o Paulo um defesa-central… goleador?
Paulo Évora – É trabalho de equipa! Não gosto de ‘colocar as culpas’ num jogador porque é o trabalho de toda a equipa. Tive a sorte de ser eu a marcar o golo, mas toda a equipa está de parabéns.
Derby – Conquistar um título a jogar longe de casa, mas perante esta moldura humana, sem esquecer ao preço a que estão os combustíveis…
Paulo Évora – É para isto que vivemos… Andamos a trabalhar desde setembro para chegar a este dia e ver esta festa enorme. Felizmente já é a quinta final que vivemos, é sempre um prazer ver esta moldura humana, é isto que nos faz mover.
Derby – Tricampeões distritais, bicampeões nacionais, campeões mundiais de futebol amador. O Grupo Desportivo e Cultural de Seiça já não é um clube qualquer…
Paulo Évora – Claro que não! Somos uma família! Não somos um clube, somos uma família e é isso que nos torna muito fortes.
Derby – Vem aí a Fase Nacional. Até onde pode ir o GDC Seiça nesta competição?
Paulo Évora – É sempre para cima! Sempre para cima! O nosso foco é sermos campeões nacionais. Vai ser jogo a jogo, sabemos que vai ser difícil e que vamos ter deslocações complicadas. Vamos tentar ser campeões, dando sempre o nosso melhor.