TRI-CAM-PE-ÕES! O Grupo Desportivo e Cultural de Seiça confirmou o favoritismo e derrotou o Centro Popular de Cultura e Desportos de Sentieiras, na final da Liga INATEL Santarém, disputada este domingo, perante casa a rebentar pelas costuras, no mítico Campo da CUF, em Alferrarede.
Um golo solitário de Paulo Évora bastou para erguer o terceiro troféu de campeão distrital da história do Seiça, que marcou presença nas últimas cinco finais desta competição, vencendo as três mais recentes.
Depois de duas vitórias para cada lado, nos quatro confrontos disputados ao longo da temporada, Seiça e Sentieiras foram ao tira-teimas. Calor intenso, nervos à flor da pele, jogo absolutamente bloqueado até à cabeçada certeira de Paulo Évora. O central oureense foi letal, na sequência de um pontapé de canto, inaugurando o marcador quando o relógio marcava 36 minutos da 1.ª parte.
Sem oportunidades até então, o jogo caiu logo ali para o lado do Seiça, muito mais confortável com bola e na gestão dos tempos, perante um rival intranquilo e irremediavelmente agitado pela desvantagem no marcador.
A chave do jogo
O intervalo serviu para refrescar os jogadores… e meter gelo no jogo. O Seiça congelou a bola e os nervos aqueceram. Sem argumentos para encontrar a baliza de André Vieira, a turma de Sentieiras viu-se igualmente enredada nas constantes trocas de bola entre os seicenses. As faltas sucederam-se, inclusive de educação… Pelo menos foi essa a avaliação do árbitro Custódio Justo, quando expulsou o experiente Pedro Roldão, por alegados impropérios protestando com uma decisão contrária. Caldo entornado…
Estavam decorridos 60 minutos quando o Seiça viu cair do céu esta expulsão rival. Com um jogador a mais, a turma de Tiago Rodrigo Reis sentiu-se como peixe na água, enquanto o adversário mostrava sangue na guelra. Minutos depois da expulsão, o juiz Custódio Justo não fez jus ao nome, perdoando o segundo amarelo a Pedro Martins, por carga violenta sobre um oureense.
O Seiça foi gerindo, gerindo e gerindo a posse de bola. E mesmo quando a perdeu, facilmente a recuperou. Os instantes finais foram penosos para ambas as equipas, expostas ao calor abrasador. As pernas e os pulmões só deram sinal depois do apito, quando os seicenses irromperam rumo à bancada para celebrar o ‘tri’ com as largas dezenas de adeptos do clube que vieram a Alferrarede testemunhar mais este momento absolutamente histórico na vida de um clube tricampeão distrital, bicampeão nacional e… campeão mundial de futebol amador.
Texto | António Adão Farias
Fotos | Derby (c)