Carvalho voltou a ser decisivo, assinando o golo da vitória no Derby de Ourém

Intenso, frenético, eletrizante! O Derby de Ourém entre GRUDER e Cercal arrastou a incerteza até ao último apito e podia ter caído para qualquer lado. Ganhou a equipa da casa, mas o empate também assentava bem e nem a vitória do Cercal não seria difícil de justificar.

O GRUDER abriu as hostilidades com duas oportunidades num par de minutos, mas o Cercal também não se acanhou. Fábio Gonçalves atirou cruzado e ao lado, antes de Luís Pereira obrigar o guardião visitante a brilhar pela primeira vez. Pelo meio, Pedro Lopes quase surpreendeu o guarda-redes da casa, mas Luís Miguel Antunes não foi na conversa.

Em jeito de parada e resposta, o jogo começou a ferver logo aos 6 minutos, quando Pedro Lopes atirou a contar, na sequência de uma bola parada (bem) combinada. Ali nas barbas do banco da casa, Rui Pereira tocou para trás, Costa disparou ao segundo pau e Lopes meteu o pé no 1-0.

O Cercal adiantou-se e por pouco não celebrou o 2-0, por Rodrigo Ferreira, aos 13 minutos. O GRUDER acusou o toque e assumiu o jogo, mas nunca conseguiu dominar os vizinhos. Resultado? Trabalho redobrado para os guarda-redes, sobretudo para o visitante. Mauro Lebre deu sequência à excelente exibição da semana anterior e manteve o Cercal na frente até ao intervalo.

Aliás, a 1.ª parte fechou com (mais) uma grande intervenção de Mauro Lebre, desta vez a negar o empate a Marco Brazeta. O Cercal foi para o intervalo feliz da vida, enquanto o GRUDER saiu para a cabine a lamentar a inspiração do guarda-redes contrário e a precisar de um ‘abre latas’ para furar a resistência visitantes.

No reatamento, Filipe Carvalho sacou um calcanhar da cartola, mas Lebre não se iludiu. Não foi no primeiro minuto, foi no terceiro: o capitão Fábio Moleiro puxou a culatra atrás e atirou o empate para o fundo das redes.

A igualdade acalmou os ânimos, mas não durou 10 minutos. Depois do golo, a assistência: Moleiro puxou meia equipa rival para si e ofereceu o 2-1 a Filipe Carvalho. O jogo virou, mas o filme foi o mesmo e só mudaram os protagonistas.

Mauro Lebre esteve em evidência na baliza do Cercal, sobretudo durante a 1.ª parte

Mauro Lebre não voltou a ser batido, mas cedeu o palco a Luís Miguel Antunes. O guarda-redes do GRUDER partiu para uma exibição de sonho, negando a festa a Rodrigo, com a ponta da sapatilha, no minuto imediatamente a seguir ao golo de Carvalho.

O cronómetro avançou, a cena foi-se repetindo e quando não era Luís Miguel Antunes… era a barra. Já depois de o guardião ter travado as tentativas de Rui Pereira e Luís Ferreira, na mesma jogada, foi a vez de Rodrigo trocar a força pela técnica para disparar em arco, mas à trave do GRUDER.

Atento a cada oportunidade de atacar, a equipa da casa andou perto do 3-1, mas também não teve sorte porque quando não estava Mauro, estava o poste… Que o diga Luís Pereira, que deixou a base do ferro direito a zurzir com a potência do seu remate, já na ponta final.

O Cercal intensificou a pressão, forçou o GRUDER a cometer a 5.ª falta (que seria apenas a 4.ª, segundo o banco da casa), mas não chegou a beneficiar deste factor.

Luís Miguel Antunes voltou a dar o corpo ao manifesto e evitou o empate, travando uma nova tentativa de Luís Ferreira e um vólei de Rui Pereira. Pelo meio, uma minipolémica: Filipe Carvalho sucumbiu à exaustão, enrolou-se com a bola no chão e deixou os cercalenses a reclamar a 6.ª falta, alegando que o pivot meteu mão à bola para travar o ataque ao rival.

Luís Miguel Antunes fechou a baliza do GRUDER na 2.ª parte

A dupla de arbitragem nada assinalou e o Derby de Ourém terminou como começou: com Mauro Lebre em grande evidência ao evitar mais um golo de Moleiro.

O GRUDER levou 3 pontos para a Ribeira do Fárrio, mas o Cercal também merecia ter sido feliz. Para a história fica um verdadeiro ‘jogão’, entre duas equipas que provaram ser as melhores da atualidade no Concelho de Ourém. Só falta arrepiar caminho tabela acima e mascarar diferenças para combater as equipas com mai$ argumento$.

Este Derby foi rasgadinho mas jogado com respeito e lealdade. Os protagonistas deram o que tinham e o que não tinham. Filipe Carvalho deixou tudo em campo e saiu assim. Missão cumprida.
Partilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *