
Cristina Vieira gelou o coração dos oureenses, quando atirou para o fundo das redes aquele balão em forma de traição. A ‘nossa’ Maria Baleia ganhou a linha, meteu a trivela na bola e colocou o golo no pé da companheira de equipa.
O relógio assinalava o sexto minuto da compensação e o Atlético parecia condenado à terceira derrota em cinco jornadas. Só que a vingança serve-se fria. Ou gelada, neste caso. Entre as comandadas de Mário Ferreira, não houve rendições. Pelo contrário, bola ao meio campo e equipa lançada na frente.
Júlia Mateus tentou pela esquerda, mas o Vilaverdense aliviou pelo ar. Carol Pocinho recuperou a bola perdida, tocou em esforço para Monique, que deu de primeira para Sony. A camisola 7 deixou a bola rolar sobre a direita e meteu ao primeiro poste, onde Bimba Cabral estava à espera de ser feliz. Golo para o Atlético… aos 90’+8.
A explosão de alegria foi ainda maior do que aquela vivida momentos antes. O futebol tem destas coisas e por isso é tão apaixonante. Se há empates que sabem a vitórias, este foi seguramente um deles.

O empate seguiu-se à primeira vitória no Campeonato e permitiu somar o 5.º ponto da temporada. Melhor: o Atlético leva três jogos consecutivos a pontuar e só perdeu contra dois candidatos ao título (Sporting e SC Braga).
Sábado, as oureenses voltam a jogar em casa, diante do Valadares Gaia, em mais um duelo contra um concorrente direto na luta pela manutenção.