Um golo sofrido às três tabelas, dois metidos na própria baliza e uma bola no poste rival pelo meio sentenciaram a visita do Clube Atlético Ouriense a casa do Futebol Clube de Famalicão.
No reencontro entre Marco Ramos e as oureenses, levou a melhor o agora treinador rival perante uma equipa manifestamente azarada. O Famalicão abriu a contagem logo aos 65… segundos, na sequência de um pontapé de cante, que deu origem a um lance atabalhoado, com a bola a tabelar nas cabeças de Marta e Gabi até cair redonda nos pés de Maria Miller, que acabou com a confusão, atirando a contar.
O Atlético reagiu bem e nunca se deixou amarrar lá atrás. Pelo contrário, foi à procura do empate e esteve muito perto de o conseguir, mas voltou a ser traído pela sorte.
Corria o minuto 18 quando um cruzamento/remate de Jéssica Pastilha bateu com estrondo no poste direito da baliza famalicense. A bola sobrou para Marta Edyth, mas a brasileira mal teve tempo para preparar o remate, atirando contra a guardiã Daniele Neuhaus.
Se a coisa estava má, pior ficou. O Atlético rondava a baliza adversária e passava a maior parte do tempo no meio campo adversário, mas foi o Famalicão que voltou a marcar. Decorria o minuto 41, quando Maria Miller rematou de longe e beneficiou de um desvio em Joyce Ramos, suficiente para apanhar Ana Rita Oliveira em contrapé. A guardiã inverteu o voo, mas (desta vez) não houve milagre.
Ainda o Atlético procurava recompor-se e já o Famalicão festejava o 3-0, graças a novo autogolo, aos 45 minutos, quando Gabi Zidoi desviou um cruzamento aparentemente inofensivo, levando a bola a sobrevoar Ana Rita antes de entrar a contar.
O jogo estava mais que resolvido, mas o Atlético nunca baixou os braços. A turma de César Matias manteve os níveis de concentração e só lhe faltou encurtar o caminho para a baliza rival.
O Famalicão andou perto de voltar a marcar, mas Ana Rita e a barra evitaram um resultado mais pesado: a guardiã evitou um ‘golo feito’ a Raquel Fernandes (61’); e a barra travou uma candidatura de Telma Pereira ao golo da jornada (83’).
Pelo meio, um lance tão desnecessário quanto condenável: Daniele Neuhaus agrediu Joyce Ramos em plena área, ficando por assinalar uma grande penalidade a favor do Atlético, além da sanção disciplinar à guardiã brasileira.
Aos 65 minutos, na sequência de uma bola parada, a guarda-redes subiu mais alto e encaixou a bola, mas não se conteve perante a pressão de Joyce e acabou por desferir uma cotovelada na central oureense, quando até tinha a bola perfeitamente controlada.
Sem argumentos para contrariar o talento daquela que é uma das quatro equipas profissionais deste campeonato, o Atlético Ouriense fez o melhor que conseguiu, dignificando o emblema.
O Famalicão de Marco Ramos aproveitou cada infortúnio das visitantes (e foram muitos…) para somar o 7.º jogo sem derrotas, dando sequência a um ciclo positivo, durante o qual as minhotas registaram um empate com o Sporting e uma vitória em Braga.
