Entrevista Derby! «Balanço positivo devido à estabilidade, união e compromisso das jogadoras»

Entrou no Campo da Caridade pela porta da formação, mas foi ao serviço da equipa principal feminina que se tornou numa figura de referência da atualidade desportiva do Concelho de Ourém. Mário Ferreira assumiu a transição entre a saída de Marco Ramos e a oficialização de César Matias.

O agora ex-treinador do Clube Atlético Ouriense tinha a confiança da estrutura do clube e foi convidado para assumir a equipa logo após a vitória no jogo de estreia, diante do Amora Futebol Clube. Fiel às suas convicções, declinou o convite logo ali, mas aceitou continuar a liderar a equipa até à paragem do campeonato. Em entrevista exclusiva ao Derby, revela por que optou por ceder o lugar e avança com um balanço sobre o seu reinado curto… mas produtivo.

Entrevista Derby com… Mário Ferreira

Derby – Por que motivo declinou o convite para ser treinador principal do Atlético?
Mário Ferreira – Desde a época passada que exercia as funções de treinador adjunto e, por esse motivo, confesso que não ambicionava ser o treinador principal neste momento. De qualquer forma, agradeço a confiança que a direção depositou em mim ao longo destes três anos em que estive ligado ao clube. A minha saída do clube deve-se unicamente ao aumento na minha distribuição de serviço docente, o que reduz consideravelmente o tempo disponível para realizar um trabalho de qualidade.

Derby – Após esta experiência como treinador interino, deixa a equipa sem ter perdido nenhum dos três jogos, e com 5 pontos em 9 possíveis. Que balanço faz destas semanas em que assumiu o comando?
Mário Ferreira – O balanço foi muito positivo. Para os resultados obtidos destaco três aspetos que considero essenciais: estabilidade, união e compromisso das jogadoras. Na minha opinião, os resultados são um reflexo de três meses de trabalho, que estava a ser bem desenvolvido, até então orientado pelo mister Marco Ramos.

Procurei apenas dar continuidade a esse trabalho, mantendo as ideias base do modelo de jogo e de treino que adotámos para a presente época desportiva, garantindo, dessa forma, a estabilidade da equipa.

Um outro aspeto fundamental foi a união de todos: da equipa técnica para continuar a cumprir as tarefas inerentes ao planeamento e avaliação da equipa em treino e em competição; da parte da direção foram dadas as condições necessárias para a preparação da equipa e o cumprimento dos planos de viagem; e da parte das jogadoras que se uniram para continuar a desenvolver as suas capacidades e, apesar de algumas contrariedades (como por exemplo, lesões), conseguiram manter a equipa bastante competitiva.

Por último, e talvez o mais importante, destaco o compromisso das jogadoras, que me acolheram bem, que acreditaram no trabalho que estava a ser desenvolvido e tentaram aplicar de forma incondicional a estratégia delineada para casa jogo. Foram umas verdadeiras guerreiras em cada partida e obtiveram desempenhos excecionais.

Derby – Alguma mensagem especial ao clube, aos adeptos e às jogadoras na hora da despedida?
Mário Ferreira – Quero desejar a todos as maiores felicidades e que consigam alcançar os objetivos delineados, garantindo a manutenção na Liga BPI.

Acredito que o clube pode continuar a fazer história na Taça da Liga, alcançando as meias-finais, sem esquecer que irá começar a caminhada na Taça de Portugal. Em termos individuais, desejo que as jogadoras continuem a trabalhar para evoluir e alcançar os seus objetivos, permitindo a sua valorização.

Aos adeptos, que sempre apoiaram de uma forma carinhosa, que mantenham a confiança na equipa, que tudo fará para continuar a dignificar o clube, a zona centro e a cidade de Ourém. “Pelo Atlético, por Ourém, diferentes no futebol”.

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