Leiria e Leixões andaram desencontrados do golo

A União de Leiria entrou em campo frente ao Leixões ciente de que uma vitória faria ascender a equipa do Lis ao 5.° lugar da Liga 2, mas numa tarde de pouca inspiração faltou clarividência no momento da decisão e o nulo perdurou.

União de Leiria e Leixões estavam empenhados em fazer esquecer as derrotas impostas nas últimas partidas, jogando perante uma assinalável assistência de 7014 adeptos no Magalhães Pessoa.

Ainda com estatuto de melhor ataque da Liga 2 (com os mesmos 22 golos do Nacional), a formação de Vasco Botelho da Costa apresentava o habitual 3-4-3, com um meio campo musculado a apoiar um trio muito móvel na frente composto por Leandro Antunes, Arsénio Nunes e Jair Silva.

Ainda com as duas equipas a adaptarem-se às dinâmicas do jogo, pertenceu ao Leixões o primeiro lance de perigo com Zag a rematar forte de fora de área para uma defesa apertada de Kieszek.

Com dois modelos de jogo muito idênticos, o primeiro quarto de hora foi parco em oportunidades, com duas equipas encaixadas e a anularem-se mutuamente na zona central do terreno.

Aos 19’ gritou-se de golo no Magalhães Pessoa. Leandro Antunes, um dos mais inconformados, na sequência de um pontapé de canto, remata forte à entrada da área com a bola a ir à malha lateral e a dar sensação de golo.

Dez minutos depois, em transição rápida, Leandro Silva desmarca Jair pela esquerda que remata forte para a defesa atenta de Ricardo Ribeiro, para canto. No seguimento da jogada, Leandro Antunes remata de longe numa bola que não passa longe do poste esquerdo dos bebés do mar.

A partida começava a desbloquear e a União de Leiria impunha o seu jogo rápido e construído a partir de trás. Leandro Antunes ensaiou, por diversas vezes, um movimento de descida para vir buscar jogo, servindo depois os companheiros da frente que pecavam, apenas, pela pontaria no momento da decisão.

A primeira parte termina com a União de Leiria balanceada no ataque, com vários cruzamentos para a área e bolas colocadas na profundidade a levarem muito perigo à área adversária.

O intervalo não fez bem aos unionistas que voltaram para a 2.ª parte com menos dinâmica e a entregar a iniciativa do jogo ao Leixões que, só nos primeiros minutos, fez vários remates à baliza de Kieszek, por intermédio de Adriano Amorim e Paulité.

Mas a equipa do Lis voltava a crescer e a reequilibrar o jogo, criando perigo, insistentemente por Leandro Silva, pelo flanco esquerdo. Numa dessas incursões, Agostinho faz falta para segundo amarelo e consequente vermelho. O Leixões ficava reduzido a 10 aos 63’.

Com superioridade numérica, a equipa do Lis subiu as linhas e encostou o Leixões à sua área. Aos 70 minutos, Jair da Silva esteve perto de inaugurar o marcador, com uma cabeçada forte e colocada à entrada da pequena área, obrigando Ricardo Ribeiro a uma excelente defesa.

A equipa da casa fazia uso das suas peças mais móveis e apostava, uma vez mais, nos cruzamentos para a área do Leixões que, com uma defesa muito compacta, ia neutralizando todos os lances de perigo. Ao cair do pano, Jair da Silva, num excelente trabalho individual remata forte ao ângulo, mas Ricardo Ribeiro assinou mais uma extraordinária intervenção. O experiente guardião leixonense viria mesmo a receber o Prémio MVP deste desafio.

A partida termina com um nulo no marcador num filme sem grande história e de fraco argumento, que confere apenas um ponto a cada equipa, em mais uma excelente casa no Estádio Municipal Magalhães Pessoa.

Este é o terceiro empate da formação de Vasco Botelho da Costa, que falha assim a subida ao 5.° lugar da Liga 2, ocupando o 8.º lugar, com 15 pontos conquistados em 11 jornadas.  Na próxima ronda, a União Desportiva de Leiria vai a casa do Vilaverdense, num duelo agendado para 3 de dezembro.

Ainda antes, os leirienses entram em campo para jogar a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal: será no próximo domingo, 26 de novembro, recebendo o Atlético da Malveira, formação a competir no Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Lisboa.

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