Emblema de Santarém só precisava de empatar nos Açores para subir à 3.ª Nacional, mas perdeu… a 4 minutos do fim contra o Porto Moniz, que festejou a promoção… por engano. Foi o terceiro rude golpe para o Vitória, depois da derrota com o GRUDER na Final da Taça e da desilusão de perder o Campeonato à conta daquela caldeirada cozinhada em Mação
Não há duas sem três… desgraças. A equipa sénior masculina do Vitória Clube de Santarém sofreu mais um rude golpe, no derradeiro compromisso da temporada, quando tinha tudo para ser feliz.
Em prova na última jornada da Taça Nacional e em posição de subida à 3.ª Divisão, o Vitória só precisava de pontuar na deslocação aos Açores, mais precisamente na casa do Clube Desportivo e Cultural do Porto Moniz, concorrente direto na luta pela subida.
A turma de Santarém entrou a ganhar, permitiu o empate, mas recolocou-se em vantagem já na 2.ª parte. Ali chegado, o Porto Moniz empatou a duas bolas e o Vitória não conseguiu aguentar o empate, perdendo o jogo… a 4 minutos da buzina final.
Com este resultado, os Açorianos saltaram para o 2.º lugar da Série D, com os mesmos 10 pontos do Vitória, mas em vantagem no confronto direto, graças a este triunfo e ao empate a seis golos em Santarém, na 1.ª volta. Verdadeiramente insólito: diretores, treinadores, jogadores e adeptos celebraram a subida logo após este triunfo, contando que a equipa teria fechado a prova entre os quatro melhores 2.º classificados.
Sucede que as contas saíram furadas… por um golo apenas! O Gaeirense apresentou melhor ‘goal average’, fechando a Série C com 21 marcados e 20 sofridos (+1), contra 31 apontados e 31 consentidos (0) pelo Vitória de Santarém. Contas (bem) feitas, sobem à 3.ª Nacional: Jorge Antunes, Maia, Chelo, Do Rangel e D. João I, na qualidade de vencedores das respetivas séries. A estes emblemas juntam-se: Salto, Sonâmbulos, Cem Paus e Gaeirense.
Foi o terceiro soco no estômago, num espaço de poucas semanas. Recorde-se que o Vitória de Santarém tinha tudo para ser campeão distrital, mas não o foi por obra e graça dos pornográficos 60-0 com que o Mação bateu o Benavente, num resultado que correu o Mundo e que a levou a própria direção da Associação de Futebol de Santarém a assumir-se “envergonhada” pelos factos ocorridos na última jornada do Campeonato.
Uma semana depois, a 13 de maio, o Vitória de Santarém partiu como favorito para a final da Taça Distrital e acabou… goleado pelos oureenses no GRUDER, em Ferreira do Zêzere.
Agora, novo golpe nas aspirações do clube, que ainda assim não perde a esperança de subir ao Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. “O estatuto de melhor 3.º classificado entre todas as séries desta Taça Nacional, permite ao Vitória acalentar fortes esperanças numa ‘repescagem’, naquele que seria um justíssimo prémio para todo o meritório trabalho que vem sendo desenvolvido pela equipa técnica superiormente conduzida por João Carmo Correia”, comunicou o emblema de Santarém, nas redes sociais.
O Vitória de Santarém está de olho numa eventual desistência de uma das equipas promovidas ou mesmo de um clube que tenha garantido a manutenção na 3.ª Nacional, mas não reúna condições para disputar esta competição em 2023/24.
Sem pontuação suficiente para subir na quadra, o Vitória de Santarém fica agora à espera que a subida lhe caia do céu.
E pode cair mesmo… O Nacional da Madeira já confirmou a intenção de não participar na 3.ª Nacional. Atlético de Portugal e Estoril Praia também ponderam desistir. Acontecendo, Porto Moniz e Vitória de Santarém podem, afinal, ter via aberta para subir.
Tal como o Derby noticiou, o Vitória de Santarém foi convidado pela Associação de Futebol de Santarém para preencher a vaga deixada em aberto pelo Mação Futebol Clube, numa decisão aceite pela Federação Portuguesa de Futebol.
Os campeões (não-reconhecidos) não puderam disputar a prova por não preencherem um dos requisitos obrigatórios para subir à 3.ª Nacional: ter (pelo menos) uma equipa juvenil a competir na temporada 2022/23. Ou seja, mesmo que o título distrital tivesse sido homologado, o Mação nunca poderia subir ao Nacional.