Num momento de inspiração, Sandro Isabelinha fez valer o bilhete do Derby com um golo tão monumental quanto fundamental para quebrar o Atlético e soltar a equipa de uma crise de ansiedade que até então lhe tolhia pensamentos e movimentos
Campo João Paulo II, Derby de Ourém a contar para a 6.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão. O Centro Desportivo de Fátima domina o jogo mas não consegue quebrar a resistência do Clube Atlético Ouriense.
O relógio marca 50 minutos e os nervos estão à flor da pele. Os fatimenses reclamam a expulsão de Artur Oliveira por ter agarrado e impedido Tiago Rodrigues de se isolar na cara de Taborda. O árbitro fica-se pelo cartão amarelo e a barreira começa a formar-se. O guardião do Atlético encosta-se ao poste esquerdo e direciona os companheiros. Estão seis de pé… e Frazão deitado, não vá a bola sair à flor da relva.
Marcelo e Sandro Isabelinha tiram medidas e definem o executante. “Decidimos ali, naquele momento. Era para ser o Marcelo a bater mas conforme estava a barreira, decidimos que era melhor um pé esquerdo. Tive sorte, fiz golo”, dispara Sandro, em declarações exclusivas ao Derby, sobre uma obra de arte transformada em abre-latas.
“Conseguimos destrancar o jogo e logo a seguir marcámos o segundo golo. Sofremos? Sofremos um bocadinho a seguir ao golo deles, mas marcámos logo a seguir e carimbámos o resultado”, analisa.
Com quatro vitórias consecutivas, o Centro Desportivo de Fátima apertou o cerco à liderança, estando agora a um só ponto de Ferreira do Zêzere e Abrantes e Benfica. “O objetivo é ir jogo a jogo. Ganhar todos os jogos e depois logo se vê se podemos festejar ou não. Começámos mal, mas estamos a conseguir recuperar e vamos à luta”, promete Sandro Isabelinha, uma das grandes figuras deste Derby de Ourém entre Fátima e Atlético.