André Santos tem um currículo invejável enquanto diretor desportivo do GDC Seiça

É o diretor desportivo do Grupo Desportivo e Cultural de Seiça e também um dos principais responsáveis pelo sucesso e pela dimensão que o clube atingiu nos últimos anos.

André Santos foi jogador do Seiça e é diretor desde que os oureenses apostaram nas competições da Fundação INATEL. Hoje, vai viver a sua terceira final nacional, a juntar às cinco finais distritais que coleciona, sem esquecer as duas presenças no Campeonato do Mundo de Futebol Amador.

Títulos? Não são poucos. André Santos é tricampeão distrital, bicampeão nacional e campeão mundial. Sempre pelo GDC Seiça. O sentimento de dever cumprido está bem presente, mas a fome de títulos é insaciável. Venha a dobradinha!

“Marcar presença em mais uma final nacional, é uma alegria imensa! Tinha prometido a mim mesmo que ia fazer de tudo para que o nosso treinador, o Tiago Rodrigues tivesse todas as condições para poder chegar a uma final nacional. É um miúdo da terra, que sempre nos apoiou nas outras finais, inclusive na claque, sempre incansável. Quando o fui buscar, disse-lhe logo que iria fazer de tudo para que um dia fosse ele a levantar o caneco”, revela André Santos, numa entrevista exclusiva ao Derby, claramente marcada pela humildade de quem prefere celebrar nos bastidores e deixar o palco para os artistas.

“Pessoalmente, não escondo que fico muito contente. Mas quem ganha são os jogadores e a equipa técnica. Este título distrital e a dobradinha que ambicionamos conquistar no Nacional, são da responsabilidade do treinador”, reforça.

Aconteça o que acontecer, este domingo, em Lisboa, nada apagará todo o trabalho que foi feito ao longo de uma temporada atípica, mas igualmente compensadora. “Depois de tantas dificuldades, tantas lesões, falta de compromisso de alguns jogadores… foi uma época muito desgastante. Ter o plantel praticamente fechado, mas ter quatro jogadores a voltar com a palavra atrás, a poucos dias do início dos trabalhos… No fim, acabou bem: ganhámos o Campeonato Distrital e agora vamos ver se conseguimos ganhar o Campeonato Nacional, também.”

André Santos acredita que grande parte do segredo do GDC Seiça pode estar no facto de “ter conseguido manter o núcleo duro da equipa, ao longo dos últimos anos”. Também por isso, o diretor desportivo do clube, deixa um alerta: “Isto pode estar a acabar…”

“Tenho plena consciência de que isto está a acabar… Estou aqui há 12 anos, tenho jogadores com dez anos de casa e outros com nove e com oito… O grupo de trabalho é realmente fantástico. É uma família. Temos tido alguns que estão cá, mas não se aguentam e vão embora, mas o núcleo duro manteve-se nos últimos anos. Só que agora vamos perder dois jogadores desse núcleo duro… Se for assim todos os anos, a ‘coisa’ ainda se aguenta. Mas não é fácil. É difícil convencer os mais jovens a jogar aqui. Este clube dá as condições todas, não sei o que podem querer mais… É verdade que não damos dinheiro a ninguém, mas damos outras coisas. Estamos num contexto amador. Os distritais e o INATEL pertencem ao futebol amador. E nós temos condições muito melhores do que alguns clubes dos distritais.”

Mais ou menos apelativo para os jogadores da região, o Grupo Desportivo e Cultural de Seiça vai trilhando um caminho muito próprio nas competições organizadas pela Fundação INATEL. O palmarés é sobejamente reconhecido, assim como a projeção que este emblema tem oferecido ao próprio Concelho de Ourém.

E não é para menos. O Seiça é campeão mundial, bicampeão nacional e tricampeão distrital. E o currículo pode crescer já hoje.

Texto | António Adão Farias
Fotos | Derby ©
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