O Clube Atlético Ouriense vai jogar à porta fechada, nos primeiros dois jogos oficiais da temporada, a realizar na condição de visitado. Assim determinou o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol.
A decisão transita da temporada passada e resulta de uma denúncia realizada pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol, que remonta aos tempos em que Marco Ramos era treinador da equipa sénior feminina mas ainda não detinha o título profissional exigido à luz dos regulamentos.
Segundo o organismo decisor, ficou provado que o Atlético apresentou dois treinadores principais no mesmo jogo. Simplificando: Marco Ramos e César Matias (à época treinador adjunto) foram vistos demasiadas vezes de pé, instruindo as jogadoras, quando o regulamento permite que apenas o treinador principal o possa fazer nestas condições. Por não ter o Nível UEFA 3, Marco Ramos estava inscrito na ficha como adjunto, constando César Matias como treinador principal.
Além dos dois jogos à porta fechada, o Atlético Ouriense terá também de suportar uma multa pecuniária no valor de 5 mil euros. Apesar de entenderem o castigo como excessivo, os responsáveis pelo emblema da Caridade aceitam a deliberação, mas vincam uma certa indignação com aquilo que consideram como a aplicação de critérios desiguais.
Isto porque o Sporting Clube de Portugal incorreu na mesma situação, quando a treinadora principal Mariana Cabral também não estava ainda na posse da licença adequada. Também em resultado de uma denúncia, o emblema de Lisboa foi punido com uma multa de… 56 euros, sem qualquer jogo à porta fechada.
Domingo, as oureenses cumprem o primeiro duelo à porta fechada, recebendo o Clube de Albergaria, na 2.ª mão dos oitavos de final da Taça da Liga. Uma semana depois, exatamente o mesmo cenário desta das mesmas rivais, mas a contar para a 1.ª jornada da Liga BPI.
Caridade de portas abertas para ver um jogo da equipa sénior feminina, só mesmo a 1 de Outubro, na receção ao tricampeão nacional Benfica.