A derrota caseira com o lanterna vermelha exigia do Atlético uma resposta cabal em pleno Derby de Ourém. Assim foi. O emblema da Caridade não facilitou e impôs-se no Campo João Paulo II, vencendo por 3-1.

Em declarações exclusivas ao Derby, Pedro Gil Vieira deu conta de toda a sua satisfação pelo regresso às vitórias.

“Merecemos os três pontos e fomos justos vencedores do Derby de Ourém”, sublinhou, avançando aquilo que entende como a chave do jogo: “Os nossos jogadores quiseram mais do que os do Fátima, o que faz toda a diferença nestas divisões.”

“Sabíamos que um derby é sempre um jogo especial. Viemos aqui para ganhar os três pontos, algo que não tínhamos conseguido no último jogo, diante do Benavente, apesar de sabermos que tínhamos condições para vencer”, admitiu Pedro Gil Vieira, reconhecendo a má abordagem dos oureenses no duelo anterior, diante do último classificado.

 

“Os nossos jogadores quiseram mais do que os do Fátima, o que faz toda a diferença nestas divisões”

 

“Contra o Benavente, faltou algum querer. Não podemos pensar só nas bolas que bateram nos postes. Temos de saber que também temos de defender quando não temos bola. Faltou mais atitude defensiva, sobretudo nos momentos de transição. De resto, às vezes a bola entra, outras vezes não entra… Faz parte do jogo”, considera.

Apostado em fazer uma prova sem sobressaltos, o Atlético tem sido uma das equipas-sensação. Soma 5 vitórias e 2 empates em 10 jornadas. Com um terço do campeonato disputado, os oureenses estão 8 pontos acima da zona de aflição. E até os 10 pontos de avanço sobre os vizinhos de Fátima são um incentivo à navegação.

Esperava o treinador tão boa classificação? “Esperar, esperar, esperamos sempre. Ou pelo menos trabalhamos para tal. Só que nem sempre nem sempre conseguimos. Temos os nossos argumentos, temos a nossa equipa e o que nos é pedido é que sejamos competitivos em todos os jogos”, argumenta Pedro Gil Vieira.

Nestas 10 jornadas, o Atlético já se destacou por um conjunto de proezas estatísticas: foi a penúltima equipa a perder pela primeira vez, prolongou para 9 jogos a série de duelos sem perder na Caridade, teve o melhor ataque da prova ao longo de várias jornadas e tem o melhor marcador do Campeonato.

“Temos bons executantes, temos uma equipa a trabalhar para os homens da frente e as coisas acabam por acontecer. O golo é o fruto do trabalho coletivo”

 

Só o União de Tomar marca mais golos. O Atlético já leva 21 e está entre as únicas duas equipas com média igual ou superior a 2 golos por jogo. Pedro Gil Vieira não esconde a satisfação perante os números, mas não deixa de lamentar os 17 golos encaixados até ao momento.

“Chateia-me mais o factor dos golos sofridos… Olho mais para o aspecto defensivo e nós temos consentido alguns golos. A nível ofensivo, temos bons executantes, temos uma equipa a trabalhar para os homens da frente e as coisas acabam por acontecer. O golo é o fruto do trabalho coletivo. Se trabalharmos bem, coletivamente, quem estiver lá na frente, vai estar mais perto de fazer golos. Seja o Gameiro ou outro avançado qualquer.

Domingo, o Atlético Ouriense volta a casa para defrontar o Clube Desportivo Amiense, um rival tradicionalmente difícil dentro… e fora do campo.

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