A mudança fez-se notar. Não aquela que ditou a troca de treinadores em Coruche em cima da estreia oficial; antes a que elevou o nível de dificuldade a que a formação de Boleiros-Maxieira passou a estar exposta. Recém-promovido ao escalão máximo, o Vasco da Gama sofreu um verdadeiro choque de realidade

Pior era impossível… O regresso do Vasco da Gama ao Campeonato Distrital da 1.ª Divisão foi escrito por uma derrota de mão cheia perante o Coruchense, recém-despromovido do Campeonato de Portugal mas com pergaminhos suficientes para colocar a fasquia no título distrital.

A antecâmara deste duelo ficou marcada pela alteração no comando técnico do Coruchense: o até aqui treinador principal Pedro Duarte cedeu o cargo ao adjunto Crisanto Silva, sustentando a decisão em problemas de saúde que o impedem de continuar a exercer funções.

A mudança fez-se notar. Não aquela que ditou a troca de treinadores em Coruche, mas antes a que elevou o nível de dificuldade a que a formação de Boleiros-Maxieira passou a estar exposta. Recém-promovido ao escalão máximo da Associação de Futebol de Santarém, o Vasco da Gama sofreu um verdadeiro choque de realidade.

Naturalmente ansiosa e nervosa, a formação da casa acumulou erros que o adversário raramente perdoou. Implacável, o Coruchense escalou o marcador e só parou nos 5-0, construindo uma vitória justa mas por números demasiado pesados, sobretudo tendo em conta que os oureenses nunca viraram a cara à luta, nem atiraram a toalha ao chão.

Pelo contrário, o Vasco da Gama tentou reerguer-se a cada golo sofrido, lançando-se na frente em busca de uma oportunidade para minimizar os estragos. A turma de Tiago Silva tentou sempre esticar a manta, mas raramente conseguiu criar lances de perigo iminente.

Adalberto inaugurou o marcador na primeira metade da 1.ª parte e Ismael Eduardo ampliou em cima do intervalo (44’), com novo remate de longe, a surpreender João Pedro, titular na baliza do Vasco da Gama, habitualmente ocupada por Ricardo Henriques.

Em tempo de intervalo, Tiago Silva afinou a estratégia, procedeu a alterações e só não colheu frutos logo aos 2 minutos da 2.ª parte porque a tentativa do recém-lançado João Marques saiu centímetros ao lado do poste direito do Coruchense.

Como um azar raramente vem só, o Vasco da Gama não só não reduziu, como ainda viu o adversário dilatar, por Candeias, aos 50 minutos, na sequência de uma transição rápida.

Com 3-0 a favor dos visitantes e o jogo completamente partido (e resolvido) houve ainda tempo para mais dois golos, ambos apontados pelo capitão… e defesa-central do Coruchense: Fabião Gaião levou a melhor em dois lances de bola parada (75’ e 79’) e abriu a mão cheia de golos sem resposta.

Derrotado por números difíceis de digerir, o Vasco da Gama tem agora uma semana para limpar a cabeça, aprender com os erros cometidos e reforçar detalhes positivos, agora relegados para segundo plano pelos contornos deste desaire.

Domingo, há derby regional, com uma deslocação curta ao Estádio Dr. António Alves Vieira para defrontar os vizinhos do Clube Desportivo de Torres Novas.

 

Campeonato Distrital da 1.ª Divisão
1.ª jornada 

Vasco da Gama 0–5 Coruchense
Salvaterrense 3–2 Atlético Ouriense
Samora Correia 4–0 Alcanenense
Ferreira do Zêzere 2–1 Torres Novas
Fazendense 2–2 CD Fátima
Abrantes e Benfica 3–0 Cartaxo
Amiense 3–2 Forense
Mação 5–2 Moçarriense

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