Chegou a hora! Quatro semanas depois do início da pré-temporada, o Clube Atlético Ouriense dá o pontapé de saída na Liga BPI. O jogo tem honras de abertura, o adversário é um crónico candidato ao título e a missão adivinha-se complicada.
É verdade que o Atlético nunca ganhou ao Sporting; é verdade que somou 8 derrotas em 9 desafios; mas também é verdade que as verde e brancas bateram contra um muro, há pouco menos de um ano.
“O Sporting é um adversário muito competitivo, mas empatou aqui no ano passado”, recorda Marco Ramos, em declarações exclusivas ao Derby, na antevisão da 1.ª jornada.
O treinador do Atlético reconhece favoritismo às atuais detentoras da Taça de Portugal, mas pisca o olho a nova surpresa: “O Sporting sabe que este campo é difícil e que nós somos um adversário competitivo e com moral em alta.
O sucesso no playoff da Taça da Liga resultou como uma verdadeira injeção de confiança no seio de um grupo construído de raiz e a necessitar de consolidar processos e rotinas. Foi também o antidoto perfeito para eventuais desconfianças em relação à capacidade do clube em competir na temporada que se avizinha.
Apesar do triunfo sobre o Torreense e do estado de graça decorrente, Marco Ramos apela à serenidade. “Trabalhar em cima de vitórias é sempre muito melhor. Temos de continuar focados e ser competitivos porque se baixamos o foco, estragamos a nossa imagem”, alerta o treinador, campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal em 2013/14, pelo Clube Atlético Ouriense.
“Se há algo que o Ouriense tem de bom, são os nossos adeptos”
A relação com o clube tem vários anos, com alguns interregnos pelo meio. Marco Ramos é um histórico do clube e é nessa condição que avalia o papel dos adeptos que habitualmente se deslocam à Caridade.
“Já levo vários anos nesta casa e sei que se há algo que o Ouriense tem de bom, são estes adeptos. A bancada está sempre cheia e obviamente que as minhas jogadoras sentem esse apoio e todo o carinho que lhes transmitem. Quando a equipa está em baixo, são os adeptos que a puxam para cima. Importa reforçar uma palavra de gratidão perante todos eles. Espero que continuem a ver e a apoiar o futebol feminino. Ter boas jogadoras, é muito bom; ter uma estrutura forte, também é importante. Mas se não tivermos adeptos, nada disto faz sentido”, considera.
Torreense? “A minha equipa acreditou sempre”
Diante do Torreense, apoio não faltou. “Os adeptos deram um empurrão quando a equipa mais precisou”, reforça Marco Ramos, lembrando que o Atlético partiu em desvantagem para o duelo da 2.ª mão.
“Sabíamos que esta eliminatória tinha 180 minutos. Vínhamos de um resultado desfavorável mas tínhamos 90 minutos e a obrigação de acreditar até ao fim. Também sabíamos que, marcando um golo, estaríamos dentro do jogo. Marcámos, sofremos e ficámos obrigados a marcar outro para igualar a eliminatória.
A equipa compreendeu a mensagem que passámos durante a semana, acreditou sempre e no final foi premiada pelo seu esforço. É verdade que podíamos ter perdido no desempate por penáltis. Era uma lotaria, mas o nosso trabalho estava feito. Podia dar para os dois lados e calhou-nos a nós. É merecido por tudo o que fizemos durante os 180 minutos desta eliminatória.
Santa Rita de Ourém? “A Ana correspondeu totalmente mas o coletivo também se destacou”
Temos duas guarda-redes a trabalhar muito bem. Jogou a Ana Rita e correspondeu totalmente ao que o jogo lhe exigiu, mas tínhamos de marcar golos e neste aspecto toda a equipa correspondeu com dois golos. Estamos todos de parabéns! A Ana Rita destacou-se individualmente em vários momentos, mas também temos de destacar o coletivo porque esteve muito bem durante o jogo.
O duelo entre Clube Atlético Ouriense e Sporting Clube de Portugal está agendado para as 15h00 deste sábado, dia 10 de setembro. Há transmissão direta na Sport TV mas o melhor mesmo é ir ao Campo Adelino dos Santos Júnior.