A terceira medalha portuguesa nos Europeus de Atletismo tem inscrito o nome de uma atleta natural de São Tomé e Príncipe e o cunho de um emblema oureense: Agate Sousa foi 3.ª classificada no concurso de salto em comprimento, conquistando a Medalha de Bronze numa disciplina na qual já tinha dado na vistas ao serviço do Grupo de Atletismo de Fátima (GAF).
Esta quarta-feira, Agate Sousa saltou 6,91 metros no terceiro ensaio, registando a sua melhor marca pessoal em 2024, marca esta que lhe garantiu a Medalha de Bronze. A antiga atleta do GAF assinou o mesmo registo da alemã Mikaelle Assani, mas atirou a germânica borda fora do pódio, por ter conseguido melhor distância no segundo salto.
Agate Sousa tem 24 anos e chegou a Portugal para estudar economia e desenvolver o seu talento no atletismo. Três anos depois de ter dado início ao processo, recebeu luz verde para representar Portugal em maio deste ano, quando a Federação Internacional de Atletismo se pronunciou favoravelmente à intenção manifestada pela atleta, no sentido de participar nestes Campeonatos da Europa de Roma e também nos Jogos Olímpicos de Paris. Tanto num caso como noutro, Agate já tinha garantido marca de qualificação direta.
Natural de São Tomé e Príncipe, Agate Sousa tem 24 anos e tem vindo a evoluir positivamente ao serviço do Sport Lisboa e Benfica, emblema que representa desde 2022, ano em que deixou o GAF para rumar à Luz, após duas temporadas a competir pela equipa sénior feminina dos fatimenses.
Agate Sousa tem vindo a evoluir sob a orientação técnica de Mário Aníbal, treinador responsável pela evolução de inúmeros talentos nacionais ao longo dos últimos anos. Além de técnico de créditos firmados, Aníbal foi atleta olímpico, sendo ainda hoje considerado o melhor decatlonista português de todos os tempos.
